Vejo carros passando, motocicletas acelerando, eu vejo o fim
Vejo desperdícios, vejo sobras, vejo a falta que faz pra mim
Cigarros no cinzeiro, em cima das contas vencidas prestes a me vencer
Ouço teorias, ouço que não, clamo, gasto lagrimas em vão
E desafinado como meu violão, pego emprestado um diapasão
Eles esperam que eu desista
Aguardam meu sangue para beber
São cruéis, implacáveis com gente como eu
Ouço a porta bater, se fechar, na minha hora hora de entrar
Ouço alunos gritando, também ouço a sombra de um disco voador
As minhas verdades, só me levam a duvidar de quem sou eu
Ouço teorias, ouço que não, clamo, gasto lagrimas em vão
E desafinado como meu violão, pego emprestado um diapasão
Eles esperam que eu desista
Aguardam meu sangue para beber
São cruéis, implacáveis com gente como eu
Não quero dó, não quero o fim
Não quero sol, nem ré menor
Enquanto eu tiver desafinado
Preciso te ouvir, pra me afinar